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domingo, 27 de março de 2011

Sucesso brasileiro na Romênia – Parte 2

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Por Ismael Sousa e Matheus Laboissière

Acompanhe, a partir de agora, a segunda parte da entrevista exclusiva

de Eric de Oliveira ao Plano Tático (veja a primeira parte aqui)

Romênia

Quais foram as maiores dificuldades no início?

Na verdade, me adaptei muito rápido. Em dois meses aprendi a falar o romeno. Com três, já estava lendo e escrevendo! O maior problema, sem dúvida, vem sendo o inverno, que é muito frio!

Quais as diferenças entre o futebol brasileiro e romeno?

Não há comparação em termos táticos e de qualidade do nosso futebol com qualquer outro no mundo. Quando cheguei ao Gaz Metan, joguei a 2ª Divisão, marquei 11 gols e acabamos promovidos à 1ª Divisão (O Gaz ficou na segunda posição, com 73 pontos em 34 partidas (24v, 1e, 9d), com 12 a mais que o Râmnicu Vâlcea, terceiro.

A 1ª Divisão tem um futebol muito forte, rápido e tático. Nós brasileiros tem muita técnico, o que acaba aparecendo num futebol sem muito brilho e criatividade, como o romeno.

Como é o dia-a-dia no clube?

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Realmente bem diferente em relação ao Brasil. Aqui, temos que chegar uma hora antes do treino, sempre que alguém comemora aniversário, podemos beber cerveja. Também quando se faz o primeiro gol, assina contrato com o clube, se casa, se tem filhos, e poraí vai! (risos).

Concentramo-nos para as partidas sempre três dias antes, quando saímos para treinar não podemos mexer nas bolas, pois na Romênia exigi-se muita disciplina.

O que você faz nas horas vagas em Medias, cidade do clube?

Moro sozinho em um apartamento, gosto muito de jogar Playstation e de ver filmes. Costumo falar muito com minha família pelo telefone e internet. Faço minha própria comida na maioria das vezes e sempre vou à casa de minha noiva conversar com os familiares dela. Estou fazendo auto-escola e espero comprar meu carro logo! (risos)

Imagem de Amostra do You Tube

Qual é a relação com os outros jogadores brasileiros na liga, tem amizades?

Sou uma pessoa que me relaciono muito rápido com as pessoas. Nós brasileiros somos muito unidos. O Juliano Spadacio, meu melhor amigo joga em uma equipe grande na capital (Rapid Bucharesti).

Ainda há muitos brasileiros com os quais nos falamos e encontramos. Um dos mais conhecidos é o Gladstone (ex-Palmeiras-SP, Náutico-PE e Cruzeiro-MG) e, ano passado, o Cláudio Pitbull (ex-Grêmio e Juventude) jogou por aqui (pelo Rapid Bucharesti).

Temos uma relação de irmãos e ajudamos sempre uns aos outros, indiferentemente se jogamos em times pequenos ou grandes!

Atualidade

A Liga I da Romênia, a 1ª Divisão, está na nona rodada, e o Gaz Metan ocupa a quinta posição, com 16 pontos (4v, 4e, 2d). Até onde a equipe pode chegar?

O Gaz Metan é um clube de pouca expressão (em três partidas dentro de casa, média 4.167 torcedores compareceram aos jogos, sendo o maior público 5.500). A torcida está bastante empolgada, pois jogamos um futebol ofensivo, sem burocracia e bonito. Esse ano, nosso objetivo é terminar a Liga I em oitavo, mas também queremos a Liga da Europa (o quinto colocado garante vaga na 2ª Eliminatória da competição de 2011-12).

Você é o atual artilheiro da competição, com oito gols. Acha que pode ser o artilheiro?

Jogo de meia-atacante. Na verdade, minha função é dar passes e assistências para gol e venho trabalhando muito forte durante os treinamentos. Graças a Deus, vem dando resultado. Na 4ª rodada, por exemplo, já tinhas sete gols.

Imagem de Amostra do You Tube

Espero ajudar muito minha equipe, para que alcancemos nosso objetivo para esta temporada. Acabar como artilheiro seria, com certeza, muito agradável. Tenho a intenção de marcar 15 gols pela Liga I, o que, para um meia-atacante, é raridade. Isso também me ajudará a conseguir propostas melhores e alçar voos maiores na carreira.

Seleção romena

Noticias recentes ligam você à seleção romena. Como reagiu a isso? Pensa em se naturalizar?

Foi uma surpresa muito grande, pois cheguei à Romênia com 21 anos e venho encantando a todos por onde jogo. Em Media, as pessoas passaram a me chamar de Ronaldinho da Romênia, por dizerem que pareço com ele. Sou mais bonito do que elecom certeza, mas também o salario dele é maior (risos)!

No momento estou noivo e pretendo me casar mais tarde, pois em um ano e meio vou poder receber a cidadania romena. Mas é muito cedo para falar sobre isso.

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Como é o clima da torcida nos estádios? Há muita pressão?

Aqui em Media, os torcedores ainda têm muito que aprender em relação à pressão. Temos sorte, pois aqui a torcida ainda é pequena e o clube não tem muita pressão no dia-a-dia. A torcida está sempre ao lado dos jogadores, o que ajuda muito dentro de campo, pois jogamos mais tranqüilos.

Entretanto, não é o que acontece com relação aos clubes grandes. Quando estes perdem, a torcida sempre arrumar confusão, afetando a todos. Por outro lado, há torcidas que fazem um espetáculo à parte, muito bonito mesmo.

Imagem de Amostra do You Tube

Já teve propostas de outros clubes da Europa?

Já fui sondado por clubes da Rússia, Turquia e Bulgária. Dirigentes do Lille-FRA estão vindo à Romênia para acompanhar alguns jogos meus, junto de meus empresários.

Futuro

Vale a pena jogar na Romênia? Tem vontade de voltar ao Brasil?

Aqui, o brasileiro é valorizado e o futebol local é um grande trampolim para os clubes maiores da Europa. Sempre existe muita gente acompanhando as partidas e recebo constantemente mensagens de torcedores parabenizando nossa equipe.

Mas é claro que quero voltar a jogar no Brasil. É um sonho que pretendo realizar logo, o de jogar para minha família assistir e mostrar meu valor a todos!

Qual seu maior sonho?

Não tenho sonhos, pois eles nunca acontecem, e sim objetivos. Quero me ajudar minha família no Brasil e dar uma casa para minha mãe e irmã. Assim, poderia ficar mais tranquilo mais tarde, quando minha carreira se encerrar. No momento, só me importo com minha família e noiva, já que pretendo constituir meu próprio lar.

Qual o melhor momento na sua carreira até agora?

Imagem de Amostra do You Tube

O atual, com certeza. Aliás, desde que cheguei à Romênia, venho realizando meus objetivos, que sempre tive, desde criança.

-Esse com certeza vem sendo meu melhor momento,mais exato desde quando cheguei a Romenia venhos realizando objetivos no qual sempre tive quando era criança!

Deixe um recado aos fãs.

Gostaria de agradecer a todos familiares e aos amigos por nunca desistirem de mim, e a todos meus fãs, queria dizer que, sem eles, o Eric que sou agora não estaria aqui sem o carinho que recebo.

Devo agradecer também a Deus, por sempre me dar boas oportunidades!

Sucesso brasileiro na Romênia - Parte 1

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Por Ismael Sousa e Matheus Laboissière

Nome: Eric de Oliveira Pereira

Data de nascimento: 05/12/1985

Posição: meia-atacante

Clubes: base do Flamengo-RJ (2003-04); base do Paraná-PR (2004) CFZ-DF (2004), Alacranes de Durango-MEX (2004), Império Toledo-PR (2004-05), Paraná-PR (2005-06), Metropolitano-SC (2007) e Gaz Metan-ROM (2007-atual).

Introdução

Nesta entrevista exclusiva ao Plano Tático, o meia-atacante Eric de Oliveira, atualmente no Gaz Metan, da Romênia, conta como foi descoberto pelo Flamengo, as dificuldades que passou em razão de uma lesão no joelho esquerdo, além dos prós e contras de uma carreira na Europa.

Início

Você começou jogando futsal em Nova Iguaçu, cidade em que nasceu. Como foi descoberto pelo Flamengo-RJ?

Isso, comecei jogando no Colégio Liceu Santa Mônica, no bairro da Posse. Lá, tive a chance de atuar na seleção da cidade, pela qual ganhamos uma competição. Um grande amigo meu (Júlio) pegou o jornal em que havia uma foto, a do prefeito nos entregando o troféu. Ele o levou até outro amigo (Alex), que trabalhava no escritório de um conselheiro do Flamengo, Cesar Pires, em Vassouras. Por esta razão, eles optaram por me levar e realizar testes.

Qual foi seu primeiro jogo como profissional?

Estreei como profissional em 2004, pelo CFZ-DF, contra o Gurupi, de Tocantins (vitória de 2×0, em 1º de agosto daquele ano), pelo Campeonato Brasileiro da Série C. O treinador era o Rondinelli, que jogou no Flamengo (entre 1974 e 1981).

Ronaldinho da Romênia

Aos 19 anos, você sofreu grave lesão, que quase deu fim à sua carreira. O que aconteceu?

Rompi o ligamento do joelho esquerdo, pelos juniores do Paraná Clube. Foi uma fase muito difícil em minha vida, na qual meus familiares e amigos estiveram ao meu lado.

Pensei em voltar ao Rio de Janeiro e retomar os estudos. Porém, Deus tinha objetivos para mim. Recuperei-me e voltei bem rápido a jogar, mas não tive oportunidades no profissional. Fiquei no time B do Paraná e nos juniores joguei quatro partidas e marquei quatro vezes.

Quem da sua geração da base do Flamengo se destaca atualmente?

Atuei ao lado de Ibson (Spartak Moscou-RUS), Vinicius Pacheco (Figueirense-SC, emprestado pelo Flamengo) Marcelo Lomba (Flamengo-RJ),Wilson (Figueirense-SC) e Alanzinho (Trabzonspor-TUR).

Alacranes-MEX

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Segundo o site da CBF, você saiu do CFZ-DF para o Alacranes-MEX, mas retornou em três meses. O que houve?

Em 2005, fiz uma aventura frustrada até o México, pois estava insatisfeito no Império Toledo-PR. Fiquei oito meses sem receber, não tínhamos água para tomar banho, comíamos em marmitas, mas não reclamo, pois foram eles que me deram oportunidade, aos 18 anos. Cheguei a ser artilheiro da equipe no Campeonato Paranaense da 1ª Divisão, com cinco gols, mas acabamos caindo para a 2ª Divisão [O Império Toledo foi o 15º e penúltimo colocado, com dez pontos em 14 jogos (2v, 4e, 8d)].

O presidente do clube, Aurélio Almeida, me disse que iria para o México e levaria alguns jogadores para fazer teste em uma equipe da 2ª Divisão, o FC Puebla (atualmente o clube disputa a elite do país). Fui muito bem nos testes, fazendo gols nos amistosos e nos coletivos, até que disseram que queriam ficar comigo. Nas duas semanas em que fiquei em Puebla foi uma maravilha, mas o presidente da equipe do Brasil tinha combinado um preço e, quando viu que queriam ficar comigo, pediu mais alto e o clube não aceitou.

Acabei indo à cidade de Durango, sede do Alacranes. Porém, quando fiz teste e fui bem, acabou-se o período de inscrições no campeonato e acabei voltando ao Brasil. Um amigo meu, o jogador Ailton Neli, que jogava no PUMAS-MEX, teve de me ajudar, pois não tinha dinheiro para a passagem.

Exterior

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Por que resolveu sair do Brasil?

Na verdade, tinha um sonho de ser um jogador consagrado no Brasil e poderia ter conseguido isso, pois tinha propostas do Coritiba e do Figueirense. Entretanto, os dirigentes do Império Toledo cresceram o olho no dinheiro do México e acabaram me mandando para lá. Fiquei relutante em ir e até acabei fugindo para o Rio de Janeiro. Disse a eles que só embarcaria ao México se me pagassem os R$ 6 mil que haviam acordado. Com o dinheiro, ajudei minha família e cumpri minha promessa de ir para o México.

Romênia

Como surgiu o contato pra jogar no país europeu?

Em 2007, depois de acabar o Campeonato Catarinense, pelo Metropolitano, tive proposta do Criciuma-SC. Na mesma época, meu clube recebeu um convite do FC Lustenau, da Suiça, para disputar um torneio. Não gostei nem um pouco da ideia, pois o objetivo da competição era nos negociar com outros clubes. Disse à minha mãe que não queria ir, mas, que se embarcasse, era para não voltar.

Portanto, o auxiliar-técnico do Gaz Metan-ROM e um diretor do clube vieram acompanhar o torneio. Fiz um gol na semifinal e mais dois na grande final, o que despertou o interesse deles em meu futebol. Assinei contrato de um ano com preferência de renovar mais três temporadas, por empréstimo.

Veja a partir das 14h de amanhã, terça-feira, a parte final desta entrevista. Como está sendo a performance de Eric de Oliveira no Gaz Metan? Fique sabendo aqui, no Plano Tático!

Governo tenta mudar tradição de 60 anos da Venezuela.



Por Ismael Sousa

O vice-presidente da Federação Venezuelana de Futebol (FVF), Laureano González, criticou a insistência do governo junto ao Ministério dos Esportes da Venezuela em querer trocar a cor do uniforme vinho, que já vem sendo usado há 60 anos, para um uniforme tricolor, com as cores do país: azul, vermelho e amarelo

“Para este ciclo, até a Copa do Mundo no Brasil, a seleção está registrada como vinho – que é a mistura das cores da bandeira do país – na FIFA e não pode ser mudado. Não são apenas acordos comerciais com a Adidas e outras marcas, mas um acordo completo”, explicou González à imprensa do país.

”Se você decidir que quer mudar, teríamos ir a FIFA e pedir a permissão da Colômbia e do Equador, que já utilizam essas cores. Muitos anos atrás, a Colômbia teve que pedir esse favor ao Equador. E, no caso de a Venezuela jogar contra estas seleções, não poderíamos usar o tricolor “.

Cores diferentes

A seleção venezuelana é apenas uma dentre as que utilizam cores diferentes das de sua bandeira. A seleção da Itália, por exemplo, utiliza o azul, embora a bandeira tenha as cores verde, branco e vermelho. O motivo é a bandeira azul da família real de Sabóia, rei da Itália após a unificação do país.

A Holanda, cuja bandeira tem branco, azul e vermelho, é outro caso. A “Laranja Mecânica” tem essa cor por causa da família real da Holanda, uma recordação da luta dos Países Baixos contra a Espanha.

A laranja era a cor principal do brasão de armas de Guilherme de Orange, líder da rebelião contra o Rei Filipe II de Espanha, El Prudente, que, em 1568, levou à Guerra dos 80 anos. Uma vez que o conflito terminou, em 1648, sete províncias, chamadas Províncias Unidas, que deram origem à Holanda, ganharam a independência da Espanha.