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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Miami vence a quarta partida e é a campeã da temporada 2011-2012 da NBA


por João Pedro

                Acabou! Depois de nove temporadas  LeBron James finalmente consegue seu primeiro título da NBA e consolida como um dos melhores, senão o melhor, jogador da liga na atualidade. A equipe do Miami Heat conseguiu uma sequência de quatro vitórias após perder o jogo 1 e assegurou o segundo título da franquia vencendo o jogo 5 por 121-104. Sem muita surpresa, LeBron foi aclamado como o MVP das finais.

                Jogando de um jeito diferente do que jogou praticamente toda temporada, a equipe de Miami teve um jogo mais coletivo com todos os jogadores colocando pontos no placar. Para a surpresa de todos, Mike Miller, que havia passado em branco nos arremessos de três durante os quatro jogos anteriores, converteu sete bolas de três em oito tentativas (87,5%) e se tornou o jogador, vindo do banco, com mais arremessos de três convertidos em jogo das finais. No time titular, Mario Chamers e Battier junto com o reserva Mike Miller foram responsáveis por 12 das 14 bolas de três do Miami. No big three de Miami, Wade, que também participou do time campeão em 2006, anotou 20 pontos, Bosh foi responsável por 24 e LeBron, que não tinha marcado um triplo duplo durante toda temporada terminou a partida com 26 pontos, 13 assistências e 11 rebotes permanecendo em quadra durante 45 minutos, saindo nos últimos três minutos quando a partida já estava ganha. 

                Com esse jogo coletivo a equipe de Miami envolveu a jovem equipe de Oklahoma que do seu time titular apenas Kendrick Perkins já havia jogado as finais da NBA. E talvez por esse motivo e a pressão pela vitória na casa do adversário a equipe de OKC não se encontrou em quadra, errando muito nos arremessos de quadra e passando longos períodos sem pontuar. Westbrook que tinha dominado o jogo 4 com 43 pontos não repetiu a boa atuação e terminou a partida com 19 pontos sendo 11 deles em lance livre. Essa também foi a pontuação de James Harden que nesses jogos das finais não conseguiu repetir as atuações que o levaram a receber o prêmio de melhor sexto homem da NBA na temporada regular. Durant teve uma atuação diferente dos seus companheiros e anotou um duplo-duplo com 32 pontos e 11 rebotes.


                Agora é esperar a volta da temporada em outubro, enquanto ela não chega estaremos cobrindo o Draft no dia 28 e a movimentação das franquias nas trocas ou nas contratações dos free agents da temporada. Parabéns a jovem equipe de OKC que chegou até as finais mesmo com um time tão jovem. Parabéns ao campeão Miami Heat e para Chris Bosh, Shane Battier, Mario Chalmers, o veterano Juwan Howard e  LeBron James pelo seu primeiro título da NBA, principalmente para LeBron que agora pode sorrir e tirar o peso de nunca ter sido campeão mesmo com três títulos de MVP. 



quarta-feira, 20 de junho de 2012

Miami vence a terceira seguida e está a uma vitória de ser campeão

por João Pedro



                Agora só falta mais uma! Após a vitória na noite de hoje (104-98) o Heat só precisa de mais uma vitória para se tornar bicampeão da NBA. Para o time de Oklahoma a única esperança é vencer os três jogos que restam.

               Diferente do que tinha acontecido nos outros jogos da série, nessa partida quem começou bem foi a equipe do Thunder que atacou e defendeu com perfeição no 1° período, so comando de Westbrook e Durant, fechando com  14 pontos de frente (33-19. Iniciando o 2° período com uma sequência de 13-0, o Heat encostou na equipe do Thunder, que mesmo com esse sequência negativa conseguiu terminar na frente (49-46). O 3° período começou com a continuação da reação de Miami, que só tinha liderado a partida uma vez no jogo até o momento e voltou  a frente depois da cesta de bonificação que Chris Bosh converteu. Miami ainda conseguiu colocar uma vantagem de sete pontos que a equipe de Oklahoma diminui para quatro. O equilíbrio se manteve no 4° período até que quando faltavam 05:15 para o fim do jogo, a estrela de Miami LeBron James machucou a perna esquerda e deixou a quadra sendo carregado. Sem nada haver com isso a equipe de Oklahoma tomou a liderança com Kevin Durant, que aproveitou a saída do seu marcador principal. Ainda com dores e claramente mancando, Lebron James voltou para quadra ovacionado pela torcida e marcou uma bola de três para ajudar sua equipe. Westbrook foi o comandante do time na noite marcando 43 pontos mas seu desempenho foi manchado por uma falta desnecessária em Mario Chalmers que acabou com a chance de reação da equipe azul. Pelo Heat, além Lebron que terminou a noite com 26 pontos, 12 assistências e 9 rebotes, Mario Chalmers foi a estrela do Heat com 25 pontos, os mesmo que Dwayne Wade. Do lado de OKC, Durant marcou 28 pontos e junto com os 43 de Westbrook a dupla anotou71 pontos contra 51 da dupla LeBron-Wade, porém não foi suficiente para a vitória em grande parte pela grande atuação de Mario Chalmers e a péssima de James Harden que contribuiu com oito pontos.

                Agora a série vai para o seu quinto jogo, o último em Miami e que pode ser o último da série. A partida será transmitida pelos canais ESPN às 21:30 de quinta-feira.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Com começo arrasador, Heat supera Thunder fora e empata série


Em uma partida que se desenhava tranquila pelo bom início do Miami Heat, o Oklahoma City Thunder reagiu no final e assustou. Mas os visitantes conseguiram conquistar a vitória por 100 a 96 na Chesapeake Arena, na madrugada de quinta para sexta-feira, na partida dois da decisão da NBA.
Com a vitória, o Heat quebrou o mando de quadra do Thunder e empatou a série decisiva da liga americana por 1 a 1. As próximas duas partidas vão acontecer na American Airlines Arena, na Flórida. O jogo três será no domingo e o quatro na terça, antes de voltar na quinta para Oklahoma.
Com um primeiro quarto praticamente perfeito taticamente, o Miami Heat abriu vantagem no marcador da Chesapeake Arena e colocou 16 pontos de vantagem. A diferença perdurou nos dois períodos seguintes, mas o Thunder reagiu. Mesmo assim, os visitantes seguraram a primeira vitória na série.


O resultado marcou a primeira derrota do Thunder em Oklahoma nos jogos de playoffs desta temporada. Nas séries contra Dallas Mavericks, Los Angeles Lakers, San Antonio Spurs e no primeiro duelo contra o Miami Heat, o time do técnico Scott Brookes venceu as nove partidas que tinha disputado.
LeBron James terminou como um dos cestinha, empatado com Kevin Durant, com 32 pontos cada um. Com os dois pontos finais que asseguraram o importante resultado, o ala teve 100% de aproveitamento na linha do lance livre - 12 acertos - pegou oito rebotes e distribuiu cinco assistências.
Ao contrário da série contra Boston e do jogo um da decisão, Dwyane Wade ressurgiu nesta quinta e marcou 27 pontos, dez a mais que terça. Já Chris Bosh voltou ao time titular e teve grande atuação como pivô. Ele fez 24 pontos e pegou 15 rebotes. Shane Battier teve mais uma noite inspirada no ataque. O jogador defensivo do Heat fez 17 pontos, com aproveitamento de 75% dos arremessos de dois pontos e 71,5% de tentativas de linha dos três.
Assim como aconteceu na partida de terça, Kevin Durant terminou como o cestinha do duelo, com 32 pontos. Depois de um primeiro quarto muito ruim, quando converteu apenas uma cesta, o ala se recuperou e teve aproveitamento de 54,5% de arremessos de quadra e quatro acertos da linha dos três pontos.
Também com apenas uma cesta certa nos primeiros 12 minutos, o armador Russell Westbrook colaborou para a reação do Thunder na partida com 27 pontos, oito rebotes e sete assistências. Depois de um primeiro jogo muito ruim, James Harden, melhor sexto homem da temporada, ressurgiu e anotou 21 pontos, com aproveitamento de 63,6% de arremessos de quadra e dois acertos em três tentativas da linha dos três.
O jogo
A partida na Chesapeake Arena começou da mesma maneira que o jogo um da série final, com Shane Battier livre e acertando uma cesta da linha dos três pontos. Com um início irreconhecível, o Thunder fez apenas uma cesta nos primeiros sete minutos, com Kevin Durant, e viu o Heat abrindo 16 pontos de frente sobre os donos da casa.
Para tentar mudar a equipe, o técnico Scott Brookes colocou James Harden em quadra. Depois de atuação fraca na terça, o camisa 13 se recuperou e encerrou o primeiro período com dez pontos. Mesmo assim, Miami permaneceu em vantagem com 27 a 15 no placar em Oklahoma City.
A dupla dinâmica do Thunder acordou no segundo quarto, após contribuir com apenas dois pontos no período anterior. Foram 14 combinados e, aliados aos sete de Harden, o time da casa conseguiu manter o Heat na mira e o jogo foi para o intervalo com a franquia da Flórida em vantagem de 55 a 43.
Para evitar uma nova reação do adversário no terceiro quarto, LeBron James começou com a mão quente e marcou seis pontos seguidos para o Heat. No total foram 12 do camisa 6 no período, mesma pontuação de Kevin Durant. O Oklahoma conseguiu abaixar a desvantagem para a casa de um dígito, mas os visitantes voltaram a ir ao intervalo com boa vantagem: 78 a 67.
Com sete pontos consecutivos no começo do último quarto, o Oklahoma City entrou na partida e passou a botar pressão no Miami, chegando a menos de dois minutos de partida com apenas três pontos atrás, com grandes atuações no segundo tempo de Kevin Durant e Russell Westbrook.
A diferença ficou em dois pontos e Kevin Durant teve a chance de empatar ou até virar o duelo a 6s do final, mas desperdiçou o arremesso. LeBron James pegou o rebote, sofreu a falta, converteu os dois arremessos livres e garantiu o triunfo do Miami Heat por 100 a 96..

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Glossário do Basquetebol parte 1


Por Renato Magalhães

O que é uma enterrada? Um turnover? E um double double? Não sabe? Então, este é um guia para leigos que querem aprender sobre as nomenclaturas do basquetebol para um melhor entendimento do jogo, tanto jogando quanto assistindo.

O movimento mais básico do basquetebol, depois do passe, é o drible. Diferente do futebol, onde o drible é enganar o adversário, no basquetebol é simples ato de quicar a bola no chão. Lembrando que NÃO se pode driblar a bola, segurar a mesma e voltar a driblar. Essa é a infração conhecida como dois dribles.



Enterrada é o simples ato de enterrar a bola. Pode ser chamado de cravada, socada e outros nomes. Enterrar a bola requer altura e/ou uma boa impulsão. Desta forma, não são apenas os jogadores mais altos que conseguem enterrar.




Frequentemente ouvimos que aconteceu um Turnover (parte de “turn over the ball”) no jogo. Um Turnover é basicamente um erro da equipe A que, por conta desse erro, dará a posse de bola para o time B, o time adversário.

Existem Double Double, Triple Double e Quad Double. Esses números fazem parte das estatísticas do jogo, que servem pra mostrar o desempenho do jogador naquela partida e ao longo daquela competição. Nesta contagem são considerados todos os fundamentos (pontos, rebotes, assistências, tocos etc), mas para uma estatística ser considerada double, a numeração tem que ter quaisquer dois dígitos (desta forma, são sempre a partir de dez) e não necessariamente serem todos iguais. Assim, por exemplo, um Double Double pode ser de 20 pontos e 13 rebotes.

Realizar um Triple Double é conseguir dois dígitos em três fundamentos. Vale lembrar que o Triple Double é difícil de se atingir, devido ao dinamismo do jogo e das frequentes substituições que são feitas.

Um Quad Double é muito raro de acontecer e é conseguir dois dígitos em quatro fundamentos. 10 pontos, 10 rebotes, 10 assistências e 10 roubadas de bola, por exemplo, e tudo isso em 40 minutos e com outros 9 jogadores em quadra e apenas uma bola. Muita coisa, não?


Esses são apenas 4 aspectos de um jogo muito vasto, onde a criatividade é a palavra mágica.

Mais uma seleção da adeus, e a Inglaterra recupera um pouco de seu prestígio.

Por Mark Pochine

Suécia x Inglaterra - Grupo D

Considerado por muitos um dos piores jogos dessa segunda rodada, Suécia e Inglaterra fazem um jogo de sobre vida. Um time vem de uma derrota para a seleção considerada a mais ‘fraca’ de toda a competição, e a outra vem tentando encaixar um time competitivo que a muito tempo não se vê.

Suécia tem o atacante Ibrahimovic como referencia no ataque como referencia para o time todo em si. Uma seleção considerada velha tem a confiança da dafesa nos veteranos Isaksson e Melberg, um com 95 jogos pela seleção e o outro com 115. Um time que precisa urgentemente de revelações e sangue novo. Mas mesmo com a média de idade elevada, consegue impor um jogo de velocidade e bem técnico.

A Inglaterra vem em um caminho oposto. Conta com a renovação da seleção atual, mas não consegue se firmar. Tem ainda alguns nomes como referencia, como o zagueiro John Terry, o meio campista Gerrard e o atacante, e craque da seleção, Wayne Rooney. Uma seleção que possui muitos jovens talentos e tenta encaixar todos eles numa seleção com muita tradição, e talvez por isso o peso da camisa nos jovens jogadores seja muito maior do que em outras seleções em fase de renovação.

O Jogo.

As duas equipes começaram o jogo se estudando muito. Ambas precisavam de um resultado positivo nesse jogo e não poderiam arriscar nem o empate em jogadas mais arriscadas no inicio do jogo. A primeira grande chance de perigo veio pelo lado inglês, aos 6 minutos, com Parker chutando forte de fora da área pelo lado direito para grande defesa de Isaksson que espalmou a bola para o lado.

Aos 10 minutos o jogo tinha mais tempo de bola parada do que estudo de adversário. O jogo já tinha uma média de 0,8 falta por minuto. E o jogo se estendeu assim por mais alguns minutos. Um jogo fraco tecnicamente com as duas equipes com medo e não chegando ao gol adversário. As chances que levavam mais perigo eram da Inglaterra, com boas bolas alçadas na área e chutas de longa distância.

Chegando na metade do jogo, nada havia mudado. O jogo continuava feio e muito passivo. O único time que conseguia chegar com mais chances de gol, era a Inglaterra. E justamente num lance despretensioso da Inglaterra com uma levantada de bola na área de Gerrard, e uma ajuda da zaga sueca, Carroll sobe sozinho e cabeceia a bola no canto direito de Isaksson não dando chances para defesa. 1 a 0 Inglaterra aos 23 minutos num jogo até então sem nenhuma emoção.

A Suécia tentava acordar, mas nada adiantava. O gol só serviu pra acordar de vez a seleção inglesa, que chegava cada vez mais com perigo, mas não conseguia ter uma finalização boa em direção ao gol. Muito provavelmente por não ter ainda a referencia de Wayne Rooney,
suspenso por 2 jogos por conta de um jogos nas eliminatórias. E o jogo seguiu praticamente só com um time em campo, as poucas tentativas da Suécia acabavam nas mãos do goleiro Hart, e sem nenhuma dificuldade.

Muito estudo, hora da prática.

A Suécia veio para o segundo tempo disposta a mudar a imagem que passou no primeiro tempo. Veio atacando em blocos, chegando com perigo até que surgiu uma falta de frente para o gol. Ibrahimovic partiu pra bola, que estourou na barreira, no rebote, um chute no mínimo bizarro, fez com que a bola sobrasse para Mellberg, livre e em posição legal graças a Johnson, que dominou e bateu pro gol. Johnson ainda tentou recuperar a bola, mas não tinha mais o que fazer. Gol chorado da Suécia logo aos 4 minutos da segunda etapa, e o jogo parecia dar rumos diferentes a um jogo até então chato de se acompanhar.

A Suécia entrou em campo de vez depois do gol. Todas as chances de gol eram do time sueco. E novamente a Suécia chegou ao gol, novamente de falta, e novamente com Mellberg. Numa falta na intermediaria com uma bela bola levanta na rea, Mellberg subiu livre para cabecear tranquilo para o gol, sem dar chances para o goleiro Hart. Já passava dos 15 minutos do segundo tempo. O herói da virada até então recebe falta em Carroll minutos depois recebendo um cartão amarelo.

Getty Images

A Suécia virava o jogo de uma maneira inacreditável, forçando o técnico inglês a forçar uma substituição. Saia Milner para a entrada de Walcott, um jogador que definitivamente estava predestinado a entrar no jogo e esquentar aquele jogo frio que se via no primeiro tempo.

Na primeira bola limpa que ele recebeu, ajeitou a bola e deu um chute cheio de efeito de fora da área. O goleiro Isaksson completamente perdido por conta da curva da bola, nada pode fazer e acabou aceitando o gol de empate aos 19 minutos.

Faltando 25 minutos no relógio a seleção sueca mudava pela primeira vez. Saia Granqvist e entrava Lustig, ambos laterais apoiadores que jogam pelo lado direito do campo. Logo depois aos 25 minutos, J. Olsson recebia o segundo cartão amarelo do jogo por colocar a bola na mão.

O jogo passava e parecia que voltava a ser um jogo igual ao do primeiro tempo. Com muitas faltas pouco jogo rápido e aos poucos as chances que ambos os times criavam iam diminuindo. Um empate para os dois times era a melhor opção para que ambos continuassem na briga para classificação para a próxima fase. Por isso ambos os times relaxaram e começaram a partir pouco para o ataque, entretanto quando partiam chegavam até com certo perigo, devido a deficiência do setor defensivo de ambos os times. O lance mais agressivo dessa parte do jogo, foi um chute de fora da área de Ibrahimovic que Hart defendeu com maestria.

Aos 32 minutos, outro vira-vira no jogo. Numa jogada muito rápida pelo lado direito da Inglaterra, Walcott penetrou na área e cruzou a meia altura, Welbeck deu uma letra girando o corpo pra cima do adversário. A jogada foi tão rápida que o goleiro sueco caiu atrasado e nada pode fazer e a bola foi morrendo lentamente dentro do gol. O terceiro gol e a virada forçou a Suécia a mudar novamente no time, tirando Elmander e colocando Rosenberg, que possuem as mesmas funções dentro de campo, mas Rosenberg tem mais velocidade e é mais jovem, conseguindo ter mais êxito nas penetrações dentro da área, e tirando Elm e colocando Wilhelmsson, perdendo um pouco do seu poder de marcação e melhorando a criação das jogadas pelas pontas, com enfiadas de bola e jogadas de linha de fundo.

Getty Images

Na faixa de 40 minutos do jogo, a Suécia ja contava com 9 jogadores no campo ofensivo, deixando apenas o zagueiro M. Olsson no campo defensivo, mas mesmo assim não conseguia penetrar no forte esquema tático da seleção inglesa, que historicamente sempre possui um futebol forte e bem tático, com o sistema defensivo bem forte.

Aos 44 minutos o que se via era uma Suécia desesperada, dando chutes do meio de campo para área inglesa, mas sem nenhum sucesso. Welbeck foi substituído para a entrada do jovem jogador de apenas 18 anos Oxlade-Chamberlain, mas uma mudança feita só para passar o tempo, sem nenhuma pretensão de mudar o esquema do time. O árbitro ainda deu 4 minutos de acréscimo, e nesse tempo quase que Gerrard marca o quarto gol inglês, num contra ataque de 4 contra 2, mas parou na incrível defesa de Isaksson. E foi só isso. Depois de um tiro de meta, o arbitro acaba o jogo para a loucura dos torcedores ingleses no Olympic Stadium, em Kiyv.

Resumão:
O jogo começou com muito estudo. O primeiro tempo só teve 2 lances bons pelo lado da Inglaterra e foi muito faltoso. O gol de Carroll saiu de uma bobeada da zaga sueca e foi só. Mas depois de tanto estudo no primeiro tempo o jogo tomou um rumo totalmente diferente. Jogadas muito rápidas que originaram os gols ingleses, e jogadas de bolas paradas que originaram os gols suecos. Para quem começou o jogo sem nenhuma esperança de ver um futebol bonito, se surpreendeu com o segundo tempo de jogadas rápidas, descidas muito fortes de contra ataque de ambos os times. Mas no final a tradição inglesa falou mais alto e encaminhou a classificação para a próxima fase, mas antes vai ter que passar por um confronto direto com a Ucrânia pela vaga. França vai pegar uma Suécia desmotivada então já eliminada, então está praticamente garantida na segunda fase da Euro 2012.

Escalações

Suécia
4-4-1-1
Isaksson
Granqvist (Lustig)- Mellberg (G) (G) - J. Olsson - M. Olsson
Larsson - Svensson - Källström - Elm (Wilhelmsson)
Ibrahimovic (C)
Elmander (Rosenberg)

Inglaterra
4-4-2
Hart
Johnson - Terry - Lescot - Ashley Cole
Milner (Walcott (G)) - Gerrard (C) - Parker - Ashley Young
Welbeck (G) (Oxlade-Chamberlain) - Carroll (G)

Heat esquenta as Finais e vai pra casa com tudo empatado.


Por Renato Magalhães

Finais da NBA: Miami Heat @ OKC Thunder - Jogo 2
O que esperar das finais da NBA? Muita emoção, grandes jogadas e sempre um final dramático. No jogo de ontem, entre Oklahoma City Thunder e Miami Heat, em Oklahoma, teve isso tudo e mais um pouco. O time do Thunder veio a quadra com as suas principais estrelas(Kevin Durant, Kendric Perkins, Russel Westbrook, Serj Ibaka e Thabo Sefolosha) e animados devido a vitória do primeiro jogo. Miami, que tinha a obrigação de vencer pra empatar a série veio a quadra com todos os seus principais jogadores(Lebron James, Dwayne Wade, Shane Battier, Mario Chalmers) e também, marcando a volta ao time principal, Chris Bosh. Chris Bosh sofreu uma lesão durante a temporada regular, voltou no quinto jogo da série contra o Boston Celtics e desde então vem jogando bem e se recuperando.

Mas vamos aos detalhes do jogo, que isso é o que interessa. Diferentemente do jogo um, o Heat veio com uma defesa agressiva desde os primeiros minutos do primeiro quarto, pressionando saída de bola, forçando turnovers, roubando a bola e fazendo rápidos contra-ataques. Com isso, em apenas 5 minutos de jogo, já tinha aberto a vantagem de 13 a 2.

No fim do primeiro quarto, Lebron James do Miami, Kevin Durant e Russel Westbrook já estavam com 2 faltas cada um, algo muito complicado de se lidar logo no início do jogo.

Após esse começo fraco, o time do Thunder finalmente começa a jogar como tinha jogado toda a temporada regular e pressiona o time do Miami. Num jogo onde as grandes estrelas são o atrativo, James Harden, que veio do banco, tem 14 pontos e Shane Battier com suas cestas de 3.

Com o fim da primeira metade de jogo, o destaque é Chris Bosh anotando um double double, com 10 pontos e 10 rebotes.

Terceiro quarto começa do mesmo jeito que todo o jogo. Miami pressionando muito, porém desta vez o Oklahoma consegue diminuir a vantagem e colocar mais emoção no jogo.

Quarto período de jogo e logo no início Kevin Durant, maior estrela do Thunder, anota sua quinta falta. Vale lembrar que na NBA são permitidas até 6 faltas individuais. Pela FIBA(Federação Internacional de Basquetebol), ele teria sido desqualificado do jogo, pois o limite é de 5 faltas individuais.

Qual seria o normal? Tirar o jogador com 5 faltas e colocá-lo de volta com poucos minutos faltando, certo? Nesse caso, errado. Kevin Durant continua em quadra e, junto de Russel Westbrook, consegue colocar o time do Thunder apenas 2 pontos atrás no placar, no fim do quarto período.

Última bola do jogo, vai nas mãos de quem? Kevin Durant. Mas dessa vez, marcado por Lebron James, o astro do Thunder erra o arremesso e ainda faz falta em Lebron, que converte dois lances livres.

Fim de jogo. O placar fica Miami Heat 100 x 96 Oklahoma City Thunder.

Os destaques do jogo são Lebron James, do Miami, com 32 pontos e 8 rebotes e Russel Westbrook, do Thunder, com 27 pontos e 8 rebotes.
OKC perde a chance de abrir 2 jogos de vantagem e vai para Miami com a serie empatada.

França revive, mas ainda deixa Ucrânia com esperanças.

Por Mark Pochine
Ucrânia x França - Grupo D

Muitos vão dizer que a Ucrânia já fez muito mais do que poderia nessa Euro 2012, por ter ganhado o primeiro jogo contra a Suécia. Outros vão falar que a França fez muito menos do que deveria quando empatou com a Inglaterra, e agora era a hora de se recuperar. O que esperar de um jogo onde de um lado, toda a esperança de um país reina com felicidade, e toda a esperança do outro reina com apreensão. Essa é o clima de Ucrânia e França pelo Grupo D.

A Ucrânia já fez muito mais do que poderia, e para muitos até o que devia. Um time que não está numa safra de bons jogadores, conta ainda com a experiência e renome internacional de Shevchenko, que até o primeiro momento não jogaria esse jogo por questões de cansaço físico.Um pouco atrás dele vem Voronin e Tymoshchuck. A nova safra parece se impor e colocar um bom ritmo no jogo, com Konoplyanka e Yarmolenko no meio, largando um pouco o futebol ofensivo para mostrar um futebol vistoso e de velocidade. Essa mistura entre o velho e o novo pareceu funcionar muito bem no primeiro jogo.

Já a França fez um jogo muito abaixo do esperado contra uma Inglaterra que veio para essa Euro sem nenhuma expectativa. A responsabilidade de levar o time a frente vem nos pés de Ribery e Nasri, enquanto a referencia no ataque é o jovem atacante Benzema. Com um sistema defensivo sem grandes nomes, tem no goleiro a confiança para se segurar nos jogos.

O Jogo.

O jogo começou pontualmente como era esperado e mostrou nos primeiros 4 minutos uma França claramente afobada atrás da bola para tentar resolver o jogo logo. Mas a bola rolando não durou mais do que 4 minutos. Uma forte chuva obrigou o jogo a ser paralisado até as 19 horas(14horas no horário de Brasília). E agora o jogo ganhava dois fatores extras: o condicionamento físico dos atletas depois de já terem esfriado completamente, e a condição do gramado, pois poderia dificultar o estilo de jogo dos mais habilidosos das duas seleções.

Jogo recomeçado e as equipes estavam muito passivas em campo. Nos primeiros 10 minutos o lance mais perigoso foi um chute despretensioso de Benzema pela esquerda da área ucraniana. Mas o chute demonstrava o domínio francês durante o inicio do jogo, marcando no próprio campo ucraniano e não dando espaços nem para lançamentos. Parecia que toda aquela afobação foi embora quando a chuva caiu e o time ficou mais calmo e soube impor o seu ritmo. A Ucrânia estava claramente acuada, e nas poucas vezes que conseguia uma bola de ataque, saia em blocos dando espaços para o contra-ataque.
Aos 16 minutos, a França fez um gol em posição completamente irregular, mas devido as jogadas seguintes, parecia que tinha achado a chave para chegar ao gol ucraniano, começando a jogada pelo lado esquerdo invertendo a jogada com passes diagonais para infiltração dos meias pelo lado direito. Essa jogada se repetiu 3 vezes nos minutos seguintes, mas graças a linha de impedimento do rival placar se manteve 0 a 0, e o relógio já marcava metade do primeiro tempo.

Aos 24 minutos a primeira jogada bem trabalhada da Ucrânia. Yarmolenko fez a inversão da jogada para o lado esquerdo, Konoplyanka recebe a bola, faz um ótimo passe para Shevchenko que recua a bola para Nazarenko. O meia rola a bola para o lado direito, onde Yarmolenko pega a bola novamente, ginga para cima do seu marcado e chuta com perigo, com a bola passando a direita do gol de Lloris. A partir desse momento o jogo ficou claramente mais aberto, com a Ucrânia largando um pouco a sua retranca e partindo para cima com jogadas em velocidade e de inversão de bola e adiantando a marcação.

Na marca de 28 minutos, numa falha na saída de bola da Ucrânia, Ribery ganha em velocidade pelo lado esquerdo, cruza para a área onde Benzema faz o corta luz e Ménez chuta para a grande defesa de Pyatov.

O jogo estava completamente aberto. Shevchenko recebeu uma ótima bola pelo lado esquerdo do campo, ajeitou de cabeça, penetrou a área e chutou forte. Para a sorte de Lloris o chute saiu forte, mas em cima dele, onde conseguiu espalmar a bola para a zaga afastar o perigo dali. Já estava na marca de 35 minutos e o jogo seguia eletrizante.

Depois de uma sequência de ataques e escanteios do ataque ucraniano, uma falta para França cobrada por Nasri e cabeceado por Ménez no contra pé do goleiro, fazendo o goleiro ucraniano fazer uma excelente defesa. Logo depois aos 40 minutos, Ménez recebeu cartão amarelo por parar um contra-ataque.

No últimos minutos a França circulava a bola ao redor da área ucraniana tentando chegar a uma abertura para um chute pro gol mas nada acontecia. Quando a Ucrânia tentava sair para o jogo os jogadores franceses paravam toda as jogadas com falta. Um cartão só no primeiro tempo saiu barato para a seleção francesa.

Mais agitação na segunda etapa.

Passados apenas 3 minutos de jogo no segundo tempo, já se tinha 2 chances claras de gol para ambas equipes e uma substituição para a Ucrânia (saindo Voronin, para a entrada de Dević). Incrivelmente em jogadas parecidas de enfiada de bola. Parecia que os times tinham largado um pouco o lado defensivo que marcou a primeira etapa para se lançarem ao ataque tentando ser o primeiro time a balançar as redes.

E o primeiro time foi a França. Aos 7 minutos, numa jogada parecida com muitas do primeiro tempo, Ribery avançou pela esquerda, tocou a bola pro meio para Benzema que achou Ménez entrando na área pelo lado direito. O meia dominou, ajeitou a bola e bateu no canto esquerdo do goleiro ucraniano. Bela jogada de contra ataque do time francês. França 1 a 0 para cima da Ucrânia.
AFP/Getty Images

E só foi o inicio. O ímpeto francês não acabou no primeiro gol. Aos 10 minutos, Benzema pega a bola no lado direito avança em pela intermediaria e da um passe para Cabaye bater na saida do goleiro. 2 a 0, com 10 minutos no segundo tempo a França claramente tinha achado o seu ritmo.

Getty Images

A Ucrânia sentiu o baque, e aos 15 minutos fez a sua segunda substituição. Saiu o meia Nazarenko para a entrada do atacante Milevskiy, fazendo o time sair do 4-5-1 e entrar num 4-4-2 mais ofensivo para tentar chegar ao primeiro gol no marcador.

Apesar do baque dos 2 gols quase em sequência, aos 20 minutos a Ucrânia acordou pro jogo e partiu pra cima da França, abrindo mão do seu sistema defensivo, o que proporcionou um chute forte de Benzema que explodiu na trave.

Aos 23 minutos uma substituição para ambas as equipe. Pelo lado frances, Cabaye sai para entrada de M’Vila, o que não muda a postura da equipe. E pelo lado ucraniano, na sua ultima substituição, sai Yarmolenko para a entrada de Aliyev, o que não muda a tática do time, mas da mais velocidade nas saídas de bola.

O jogo seguia frio, e o que agitava o jogo um pouco eram as substituições. A França faz suas últimas substituições, saindo Ménez para a entrada de Martin, e saindo Benzema e entrar Giroud. Tudo isso na faixa dos 25 à 30 minutos. As substituições da França eram mais pela questão de poupar jogadores do que mudanças táticas em si.

Desde os 35 minutos o jogo seguiu num ritmo lento, com ambas as seleções conformadas com o placar atual. A França ainda chegava aos poucos mas sem levar nenhum perigo, e a Ucrânia quando chegava não conseguia fazer um bom trabalho. O jogo foi caminhando assim para o fim do seu jogo, embolando o grupo D.

Resumão
Muitos vão falar que o jogo mudou completamente por conta da paralisação. Eu vou seguir a corrente que discorda disso. A Ucrânia estava jogando o que sabia e tinha que jogar no primeiro tempo, um futebol defensivo, de contra ataques e passes rápidos, enquanto deixava a França vir pra cima com tudo, tentando circular a bola ao redor da área ucraniana, muitas vezes sem sucesso. O erro da seleção dona da casa foi partir pra cima com tudo no segundo tempo, mas sem ter condições de manter uma qualidade ofensiva e defensiva ao mesmo tempo. O resultado foram dois gols de jogadas bobas que começaram com bolas perdidas em ataques ucranianos. A Ucrânia jogou bem o primeiro tempo, mas se tivesse jogado o segundo tempo igual, teria conseguido um resultado melhor, ou menos danoso a sua situação no grupo. Para a França, todos os louros da vitória, e vai enfrentar uma Suécia na rodada final com mais moral ainda.

Escalações
Ucrânia
4-2-3-1 (4-4-2)
Pyatov
Gusev - Mikhalik - Khacheridi - Selin
Tymoshchuck - Nazarenko (Milevskiy)
Yarmolenko (Aliyev) - Voronin (Dević) - Konoplyanka
Shevchenko (C)
Fraça
4-5-1
Lloris (C)
Debuchy - Rami - Mexès - Debuchy
Ménez (G) (Martin) - Nasri - Diarra - Cabaye (G) (M'Vila) - Ribery
Benzema (Giroud)

Miami vence longe de casa e empata as finais da NBA


            por João Pedro


              Depois de uma longa série invicta, em partidas de pós-temporada, a equipe de OKC caiu diante de um aplicado Miami Heat (100-96) na noite de quinta feira. Com isso a serie está empatada e teremos três jogos seguidos na American Airlines Arena.


                Miami iniciou a partida com o mesmo padrão impecável  do jogo 1 e ao fim do primeiro quarto já vencia o jogo por 27-15. O segundo quarto teve início igual ao do primeiro e a equipe de Miami soube segurar a vantagem e finalizar o 1° tempo com 55-43 no placar. Era uma noite em que Durant começou apagado tendo marcado apenas seis pontos até aqui. Para compensar foi necessário um esforço do melhor 6° homem da temporada James Harden, que entrou no jogo anotando uma bola de três. O 3° período passou com as duas equipes tendo aproveitamentos semelhantes e Oklahoma só conseguiu tirar um ponto da vantagem do Heat. Com início do último período, era hora do início da reação do Thunder, comandada por Kevin Durant que passou praticamente todo o 4° período com 5 faltas. No fim do jogo um lance polêmico da arbitragem poderia ter mudado a partida, com 98-96 no placar a bola era de Oklahoma com 12 segundos faltando no relógio, Durant recebeu a bola, fintou, sofreu a falta de LeBron, que não foi marcada pela arbitragem e errou o arremesso. Logo após LeBron sofreu a falta e converteu os dois lances livres selando a vitória de Miami. O grande fator da derrota de Oklahoma foi o seu fraco inicio de jogo aonde chegou a perder por 18-2. Destaques para o duplo-duplo de Chris Bosh (16 pontos e 15 rebotes) e para a performance de Kevin Durant no último período comandando o time de volta ao jogo. O próximo jogo da série será no domingo às 21:00 com transmissão da ESPN. Abaixo deixo as imagens do lance polêmico para que os leitores tirem suas conclusões.










quinta-feira, 14 de junho de 2012

A Furia Espanhola atropela a eliminada Irlanda

Por Mark Pochine
Espanha x Irlanda - Grupo C

Espanha e Irlanda começam o segundo jogo do dia para o grupo C. Ambos os times buscam ressuscitar no grupo. Espanha uma das favoritas ao titulo, vem de um empate que saiu barato contra a Itália. A Irlanda por sua vez, vem de uma atuação fraquissima contra a Croácia, sendo a ultima colocada do grupo.

A Espanha conta com o talento em todas as áreas do campo, com a base do time sendo Barcelona e Real Madrid, mas contando com jogadores que brilham em seus times (Como David Silva no Manchester City). Vem dependendo muito dos seus meias, pois seus atacantes não conseguem levar perigo algum nos últimos jogos ao time adversário, depende muito da criança e força de Iniesta e Xabi Alonso, rivais pelos seus times, mas que pela seleção fazem um trabalho incrível.

A Irlanda por outro lado, muito fraca tecnicamente, contando apenas com a esperança no ataque de Robbie Keane, o craque da seleção, e conta ainda com pouco mais de 4 jogadores que ja estrelaram grandes ligas anteriormente. Vem com um setor defensivo muito inferior a qualquer outra seleção da Euro. Compensa com um goleiro que vem fazendo ótimas partidas pela Barclays Premier League, e com a raça de todo um time de sempre correr atrás do resultado. Vai ser realmente um duelo entre Força e Técnica.

O Jogo.

O jogo começa com o domínio claro da Espanha, e como não podia ser diferente, a Espanha já de cara deu seu cartão de boas vindas para a Irlanda. Em um passe incrível de Iniesta no meio do falho sistema defensivo irlandês, David Silva tentou dominar, mas foi desarmado. Sem ninguém para afastar o perigo, Fernando Torres pegou a bola, passou pelo seu marcado e chutou forte no mesmo ângulo do goleiro para abrir o placar aos 4 minutos de jogo. Espanha 1 a 0, com promessa de ser uma goleada.

Getty Images

A Irlanda entrou dormindo, e acordou da pior maneira possível. Tomou o gol, e ainda tomou 2 sustos com bolas alçadas na área, mas David Silva nas duas vezes não obteve sucesso. Logo aos 8 minutos, a Irlanda pareceu ter entrado no jogo, tentou um chute de fora da área com Andrews, mas a bola saiu um pouco alta de mais. Nos poucos momentos que a Irlanda conseguia chegar perto do gol espanhol, desperdiçava com chutes de fora da área sem nenhuma mira ou perigo.

A classe no toque de bola espanhol envolvia o time irlandês, onde só tinha duas formas da Irlanda recuperar a posse de bola: um toque errado ou pressionando os jogadores espanhóis, na maior parte das vezes parando a jogada com faltas bobas ou perdendo a bola para lateral, por conta de um domínio de bola precário. O time da Irlanda jogava já aos 15 minutos de jogo com todos os 11 jogadores atrás da linha do meio campo.

O jogo seguiu muito morno até a metade do primeiro tempo. Era um jogo de um só lado, a Espanha dominava o jogo com mais de 60% da posse de bola. O que realmente estava faltando para a Espanha era o toque final para os seus atacantes, enquanto a Irlanda desesperadamente chutava a bola para frente torcendo para que Robbie Keane fizesse mais de uma de suas magicas. Aos 25 minutos, numa jogada bem trabalhada de todo o ataque espanhol, David silva desperdiça novamente outro cruzamento. Até o momento o jogador de numero 21 da Espanha já tinha perdido 5 bolas recebidas dentro da área, com sorte uma delas originou o gol.

Próximo aos 30 minutos, a Irlanda parecia querer encontrar um caminho pro gol, avançando a marcação e saindo mais pro jogo com velocidade, pois as jogadas na base dos passes e enfiadas de bola já não estavam mais funcionando. Enquanto isso a Espanha circulava a bola por todo o campo, chegando a ter momentos a bola, próxima a grande área, voltava até a intermediaria defensiva espanhola. O time da Irlanda já estava batido, pelo menos nesse primeiro tempo, e vi só a Espanha brincar de bobo.

Na marca de 34 minutos um lance inusitado, numa saída de bola do time irlandês, o arbitro português Pedro Proença, derrubou o jogador irlandês Andrews. A bola caiu nos pés de um jogador da Espanha e quase saiu o gol, causando revolta de todo o time irlandês para com o arbitro. Arbitro fazendo falta para cartão, mas quem recebeu o primeiro amarelo da partida foi Robbie Keane minutos após entrada violenta do jogador.

Chegando na marca de 40 minutos, o jogo estava feio. Espanha com a bola nos pés mas errava muitos os últimos toques na bola, e a Irlanda não conseguia sair pro ataque. Do famoso futebol de primeira linha espanhol só se tinha lampejos com Iniesta e Xavi Hernandes. No fim do tempo, a Espanha tentava dar um ritmo mais forte ao jogo, mas nada adiantava fazer num primeiro tempo que prometia um jogo rápido e bonito da Espanha, mas acabou ficando na mesmice e no tédio de um futebol tão bonito e vistoso que esqueceu de ser objetivo, e só se lembrou do que era isso nos minutos finais da primeira etapa. O máximo de ação que aconteceu no fim do primeiro tempo foi o segundo cartão amarelo do jogo, e o segundo da seleção irlandesa, para Whelan.

Segundo Etapa com o Segundo Round

Parecia que o script era o mesmo pros dois tempos. Só mudando um personagem antes do segundo ato. Pelo lado irlandês saia o atacante Cox para a entrada do meio campista Walters, talvez para reforçar a marcação e a criatividade. Mas não deu tão certo pois o script já estava escrito. Logo de cara, a Espanha partiu pra cima da Irlanda como se não houvesse outra opção. Aos 4 minutos, novamente com a jogada começada com com Iniesta que chutou pro gol e Given espalmou mal pro meio da área. David Silva que tinha errado todas as finalizações a gol no primeiro tempo, recebeu a bola, gingou pro lado, gingou pro outro, deu um toquezinho de leve na bola, que passou por debaixo da perna de 2 zagueiros irlandeses, fazendo com Given caísse atrasado e a bola morresse dentro do gol. Espanha 2 a 0, novamente logo de cara.

Mas como já dito, parecia que o script era repetido, com a diferença de um cartão amarelo em Xabi Alonso aos 9 minutos, por parar uma jogada ofensiva da Irlanda. A Espanha com muitos toques laterais, com seu futebol de posse de bola não conseguia mudar a historia do jogo. Pelo lado da Irlanda, estavam ocupando mais espaços no seu campo ofensivo, mas voltava em blocos marcando bem. Mas os minutos passavam e o que se via era o mesmo que se viu durante todo o primeiro tempo: Espanha tocando muito a bola, esperando que por um milagre a Irlanda deixasse algum jogador livre, e nas poucas vezes que um deles ficava livre, era em posição irregular.

A Irlanda era a única que tentava efetivamente chegar ao gol adversário, mas graças a pequena qualidade dos seus jogadores, pouco conseguia aproveitar as chances na entrada da área. E a Espanha passava por algo parecido, com a diferença que tinha qualidade para chegar dentro da área para finalizar, mas errava muito o ultimo toque de bola, quase como ironia por conta do seu estilo de jogo.

Na marca dos 20 minutos, a Espanha faz a primeira substituição, trocando Xabi Alonso para a entrada de Javí Martinez, ambos jogadores da mesma posição, sendo Martinez um jogador com mais chegada. Talvez uma tentativa do técnico espanhol de melhorar o ultimo passe dentro da área para que o placar aumentasse. E parece que deu certo. Depois de uma bela recuperação de bola de Iniesta e David Silva, Silva enfia uma bela bola para Fernando Torres marcar o seu segundo gol na partida e o terceiro da seleção espanhola. Espanha já estava com a vitória garantida, e a Irlanda, com uma das seleções mais fracas da Euro 2012, já estava eliminada.

O segundo gol de Fernando Torres foi a última coisa que ele fez dentro de campo, sendo substituído aos 24 minutos por Fàbregas. Mudança sem nenhum motivo de mudança de tática, somente para poupar o jogador dos minutos finais. Aos 30 minutos sai o segundo cartão espanhol, dado para Martinez por entrada dura. Logo em seguida, a Irlanda faz sua segunda substituição também, entrando McClean, no lugar de Duff. O jogo se enrolava mais em substituições e faltas. A última cartada dos dois times foram as substituições de Iniesta por Carzola pela Espanha, e Whelan por Green pela Irlanda. A substituição espanhola modificou o time espanhol de um 4-3-3 para um 4-4-2, mostrando que realmente só queria tocar a bola para o tempo passar.

O jogo chegava nos seus 10 minutos finais, e já estava definido. Muitos chutes pra frente, como se os times já não tivessem mais forças para jogar. Ou simplesmente não queriam mais jogar. Os poucos jogadores irlandeses que entravam em campo, corriam atrás da bola querendo mostrar trabalho, e o sangue novo que havia entrado na Espanha seguia o que os outros fizeram o tempo todo: toques de lado, segurando a bola, e esperando o momento certo para chutar. E esperaram tanto que aos 38 minutos chegaram ao quarto gol, depois de uma jogada ensaiada de escanteio, onde Fàbregas pegou a bola dentro da área, passou pelo marcado e chutou forte pra ela estourar na trave antes de morrer dentro do gol.

A partir dai a seleção irlandesa rifava a bola mais do que tocava efetivamente, e a seleção espanhola tocava a bola no seu campo defensivo chamando o time irlandês para cima para que abrisse espaços para bolas em profundidade para os atacantes. Mas isso durou pouco, faltando pouco mais de 3 minutos para acabar o jogo, ambos os times não se preocupavam mais em atacar, simplesmente tocavam a bola de lado e hora ou outra davam um chute pra frente, como se estivessem pedindo para o arbitro para acabar o jogo. Mas a tortura durou mais 3 minutos ainda depois do tempo regulamentar. O jogo acaba, Irlanda é eliminada, mas ainda tem 3 times disputando 2 vagas no Grupo C


Resumão
Claramente a Irlanda queria impor um ritmo defensivo com a Espanha, por motivos tecnicos, afinal a Italia jogou assim e quase ganhou o jogo. O grande diferencial desse jogo, é que a Irlanda não tem nenhuma habilidade com taticas defensivas devido a deficiencia da sua zaga. A Espanha jogou o seu futebol de posse de bola, muitas vezes confundido com futebol ofensivo por fazer muitos gols. O diferencial é que a Espanha não chuta quando vê a chance, espera um jogador qualquer ficar o mais livre possivel para finalizar. Muitas vezes da certo, como hoje, mas em outras situações como no jogo com a Italia na dá tão certo. No geral, o poderio espanhol confirmou o favoritismo, e jogou como favorita pela primeira vez nessa Euro 2012. Uma goleada para calar os criticos tanto em relação a seleção quanto em relação a seus atacantes que não marcavam a muito tempo. E dar uma preocupação a seleção croata, que deve precisar de um resultado positivo para cima da Espanha se quiser ter garantias de classificação para a segunda fase. E para a Irlanda, a esperança fica só no verde do uniforme.


Escalações

Espanha
4-3-3 (4-4-2)
Casillas (C)
Arbeloa - Piqué - Sergio Ramos - Jordi Alba
Xavi Hernándes - Busquets - Xabi Alonso (Javí Martinez)
David Silva (G) - Torres (G) (G) (Fàbregas (G)) - Iniesta (Santi Carzola)


Irlanda
4-4-2
Given
O'Shea - St. Ledger - Dunne - Ward
Duff (McClean) - Andrews - Whelan (Green) - McGeady
Cox (Walters) - Keane (C)