About

Powered by BannerFans.com -

domingo, 27 de março de 2011

Sucesso brasileiro na Romênia - Parte 1

Eric u cluj 5

Por Ismael Sousa e Matheus Laboissière

Nome: Eric de Oliveira Pereira

Data de nascimento: 05/12/1985

Posição: meia-atacante

Clubes: base do Flamengo-RJ (2003-04); base do Paraná-PR (2004) CFZ-DF (2004), Alacranes de Durango-MEX (2004), Império Toledo-PR (2004-05), Paraná-PR (2005-06), Metropolitano-SC (2007) e Gaz Metan-ROM (2007-atual).

Introdução

Nesta entrevista exclusiva ao Plano Tático, o meia-atacante Eric de Oliveira, atualmente no Gaz Metan, da Romênia, conta como foi descoberto pelo Flamengo, as dificuldades que passou em razão de uma lesão no joelho esquerdo, além dos prós e contras de uma carreira na Europa.

Início

Você começou jogando futsal em Nova Iguaçu, cidade em que nasceu. Como foi descoberto pelo Flamengo-RJ?

Isso, comecei jogando no Colégio Liceu Santa Mônica, no bairro da Posse. Lá, tive a chance de atuar na seleção da cidade, pela qual ganhamos uma competição. Um grande amigo meu (Júlio) pegou o jornal em que havia uma foto, a do prefeito nos entregando o troféu. Ele o levou até outro amigo (Alex), que trabalhava no escritório de um conselheiro do Flamengo, Cesar Pires, em Vassouras. Por esta razão, eles optaram por me levar e realizar testes.

Qual foi seu primeiro jogo como profissional?

Estreei como profissional em 2004, pelo CFZ-DF, contra o Gurupi, de Tocantins (vitória de 2×0, em 1º de agosto daquele ano), pelo Campeonato Brasileiro da Série C. O treinador era o Rondinelli, que jogou no Flamengo (entre 1974 e 1981).

Ronaldinho da Romênia

Aos 19 anos, você sofreu grave lesão, que quase deu fim à sua carreira. O que aconteceu?

Rompi o ligamento do joelho esquerdo, pelos juniores do Paraná Clube. Foi uma fase muito difícil em minha vida, na qual meus familiares e amigos estiveram ao meu lado.

Pensei em voltar ao Rio de Janeiro e retomar os estudos. Porém, Deus tinha objetivos para mim. Recuperei-me e voltei bem rápido a jogar, mas não tive oportunidades no profissional. Fiquei no time B do Paraná e nos juniores joguei quatro partidas e marquei quatro vezes.

Quem da sua geração da base do Flamengo se destaca atualmente?

Atuei ao lado de Ibson (Spartak Moscou-RUS), Vinicius Pacheco (Figueirense-SC, emprestado pelo Flamengo) Marcelo Lomba (Flamengo-RJ),Wilson (Figueirense-SC) e Alanzinho (Trabzonspor-TUR).

Alacranes-MEX

Eric branesti 20

Segundo o site da CBF, você saiu do CFZ-DF para o Alacranes-MEX, mas retornou em três meses. O que houve?

Em 2005, fiz uma aventura frustrada até o México, pois estava insatisfeito no Império Toledo-PR. Fiquei oito meses sem receber, não tínhamos água para tomar banho, comíamos em marmitas, mas não reclamo, pois foram eles que me deram oportunidade, aos 18 anos. Cheguei a ser artilheiro da equipe no Campeonato Paranaense da 1ª Divisão, com cinco gols, mas acabamos caindo para a 2ª Divisão [O Império Toledo foi o 15º e penúltimo colocado, com dez pontos em 14 jogos (2v, 4e, 8d)].

O presidente do clube, Aurélio Almeida, me disse que iria para o México e levaria alguns jogadores para fazer teste em uma equipe da 2ª Divisão, o FC Puebla (atualmente o clube disputa a elite do país). Fui muito bem nos testes, fazendo gols nos amistosos e nos coletivos, até que disseram que queriam ficar comigo. Nas duas semanas em que fiquei em Puebla foi uma maravilha, mas o presidente da equipe do Brasil tinha combinado um preço e, quando viu que queriam ficar comigo, pediu mais alto e o clube não aceitou.

Acabei indo à cidade de Durango, sede do Alacranes. Porém, quando fiz teste e fui bem, acabou-se o período de inscrições no campeonato e acabei voltando ao Brasil. Um amigo meu, o jogador Ailton Neli, que jogava no PUMAS-MEX, teve de me ajudar, pois não tinha dinheiro para a passagem.

Exterior

Eric u cluj 4

Por que resolveu sair do Brasil?

Na verdade, tinha um sonho de ser um jogador consagrado no Brasil e poderia ter conseguido isso, pois tinha propostas do Coritiba e do Figueirense. Entretanto, os dirigentes do Império Toledo cresceram o olho no dinheiro do México e acabaram me mandando para lá. Fiquei relutante em ir e até acabei fugindo para o Rio de Janeiro. Disse a eles que só embarcaria ao México se me pagassem os R$ 6 mil que haviam acordado. Com o dinheiro, ajudei minha família e cumpri minha promessa de ir para o México.

Romênia

Como surgiu o contato pra jogar no país europeu?

Em 2007, depois de acabar o Campeonato Catarinense, pelo Metropolitano, tive proposta do Criciuma-SC. Na mesma época, meu clube recebeu um convite do FC Lustenau, da Suiça, para disputar um torneio. Não gostei nem um pouco da ideia, pois o objetivo da competição era nos negociar com outros clubes. Disse à minha mãe que não queria ir, mas, que se embarcasse, era para não voltar.

Portanto, o auxiliar-técnico do Gaz Metan-ROM e um diretor do clube vieram acompanhar o torneio. Fiz um gol na semifinal e mais dois na grande final, o que despertou o interesse deles em meu futebol. Assinei contrato de um ano com preferência de renovar mais três temporadas, por empréstimo.

Veja a partir das 14h de amanhã, terça-feira, a parte final desta entrevista. Como está sendo a performance de Eric de Oliveira no Gaz Metan? Fique sabendo aqui, no Plano Tático!

0 comentários: