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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Mais uma seleção da adeus, e a Inglaterra recupera um pouco de seu prestígio.

Por Mark Pochine

Suécia x Inglaterra - Grupo D

Considerado por muitos um dos piores jogos dessa segunda rodada, Suécia e Inglaterra fazem um jogo de sobre vida. Um time vem de uma derrota para a seleção considerada a mais ‘fraca’ de toda a competição, e a outra vem tentando encaixar um time competitivo que a muito tempo não se vê.

Suécia tem o atacante Ibrahimovic como referencia no ataque como referencia para o time todo em si. Uma seleção considerada velha tem a confiança da dafesa nos veteranos Isaksson e Melberg, um com 95 jogos pela seleção e o outro com 115. Um time que precisa urgentemente de revelações e sangue novo. Mas mesmo com a média de idade elevada, consegue impor um jogo de velocidade e bem técnico.

A Inglaterra vem em um caminho oposto. Conta com a renovação da seleção atual, mas não consegue se firmar. Tem ainda alguns nomes como referencia, como o zagueiro John Terry, o meio campista Gerrard e o atacante, e craque da seleção, Wayne Rooney. Uma seleção que possui muitos jovens talentos e tenta encaixar todos eles numa seleção com muita tradição, e talvez por isso o peso da camisa nos jovens jogadores seja muito maior do que em outras seleções em fase de renovação.

O Jogo.

As duas equipes começaram o jogo se estudando muito. Ambas precisavam de um resultado positivo nesse jogo e não poderiam arriscar nem o empate em jogadas mais arriscadas no inicio do jogo. A primeira grande chance de perigo veio pelo lado inglês, aos 6 minutos, com Parker chutando forte de fora da área pelo lado direito para grande defesa de Isaksson que espalmou a bola para o lado.

Aos 10 minutos o jogo tinha mais tempo de bola parada do que estudo de adversário. O jogo já tinha uma média de 0,8 falta por minuto. E o jogo se estendeu assim por mais alguns minutos. Um jogo fraco tecnicamente com as duas equipes com medo e não chegando ao gol adversário. As chances que levavam mais perigo eram da Inglaterra, com boas bolas alçadas na área e chutas de longa distância.

Chegando na metade do jogo, nada havia mudado. O jogo continuava feio e muito passivo. O único time que conseguia chegar com mais chances de gol, era a Inglaterra. E justamente num lance despretensioso da Inglaterra com uma levantada de bola na área de Gerrard, e uma ajuda da zaga sueca, Carroll sobe sozinho e cabeceia a bola no canto direito de Isaksson não dando chances para defesa. 1 a 0 Inglaterra aos 23 minutos num jogo até então sem nenhuma emoção.

A Suécia tentava acordar, mas nada adiantava. O gol só serviu pra acordar de vez a seleção inglesa, que chegava cada vez mais com perigo, mas não conseguia ter uma finalização boa em direção ao gol. Muito provavelmente por não ter ainda a referencia de Wayne Rooney,
suspenso por 2 jogos por conta de um jogos nas eliminatórias. E o jogo seguiu praticamente só com um time em campo, as poucas tentativas da Suécia acabavam nas mãos do goleiro Hart, e sem nenhuma dificuldade.

Muito estudo, hora da prática.

A Suécia veio para o segundo tempo disposta a mudar a imagem que passou no primeiro tempo. Veio atacando em blocos, chegando com perigo até que surgiu uma falta de frente para o gol. Ibrahimovic partiu pra bola, que estourou na barreira, no rebote, um chute no mínimo bizarro, fez com que a bola sobrasse para Mellberg, livre e em posição legal graças a Johnson, que dominou e bateu pro gol. Johnson ainda tentou recuperar a bola, mas não tinha mais o que fazer. Gol chorado da Suécia logo aos 4 minutos da segunda etapa, e o jogo parecia dar rumos diferentes a um jogo até então chato de se acompanhar.

A Suécia entrou em campo de vez depois do gol. Todas as chances de gol eram do time sueco. E novamente a Suécia chegou ao gol, novamente de falta, e novamente com Mellberg. Numa falta na intermediaria com uma bela bola levanta na rea, Mellberg subiu livre para cabecear tranquilo para o gol, sem dar chances para o goleiro Hart. Já passava dos 15 minutos do segundo tempo. O herói da virada até então recebe falta em Carroll minutos depois recebendo um cartão amarelo.

Getty Images

A Suécia virava o jogo de uma maneira inacreditável, forçando o técnico inglês a forçar uma substituição. Saia Milner para a entrada de Walcott, um jogador que definitivamente estava predestinado a entrar no jogo e esquentar aquele jogo frio que se via no primeiro tempo.

Na primeira bola limpa que ele recebeu, ajeitou a bola e deu um chute cheio de efeito de fora da área. O goleiro Isaksson completamente perdido por conta da curva da bola, nada pode fazer e acabou aceitando o gol de empate aos 19 minutos.

Faltando 25 minutos no relógio a seleção sueca mudava pela primeira vez. Saia Granqvist e entrava Lustig, ambos laterais apoiadores que jogam pelo lado direito do campo. Logo depois aos 25 minutos, J. Olsson recebia o segundo cartão amarelo do jogo por colocar a bola na mão.

O jogo passava e parecia que voltava a ser um jogo igual ao do primeiro tempo. Com muitas faltas pouco jogo rápido e aos poucos as chances que ambos os times criavam iam diminuindo. Um empate para os dois times era a melhor opção para que ambos continuassem na briga para classificação para a próxima fase. Por isso ambos os times relaxaram e começaram a partir pouco para o ataque, entretanto quando partiam chegavam até com certo perigo, devido a deficiência do setor defensivo de ambos os times. O lance mais agressivo dessa parte do jogo, foi um chute de fora da área de Ibrahimovic que Hart defendeu com maestria.

Aos 32 minutos, outro vira-vira no jogo. Numa jogada muito rápida pelo lado direito da Inglaterra, Walcott penetrou na área e cruzou a meia altura, Welbeck deu uma letra girando o corpo pra cima do adversário. A jogada foi tão rápida que o goleiro sueco caiu atrasado e nada pode fazer e a bola foi morrendo lentamente dentro do gol. O terceiro gol e a virada forçou a Suécia a mudar novamente no time, tirando Elmander e colocando Rosenberg, que possuem as mesmas funções dentro de campo, mas Rosenberg tem mais velocidade e é mais jovem, conseguindo ter mais êxito nas penetrações dentro da área, e tirando Elm e colocando Wilhelmsson, perdendo um pouco do seu poder de marcação e melhorando a criação das jogadas pelas pontas, com enfiadas de bola e jogadas de linha de fundo.

Getty Images

Na faixa de 40 minutos do jogo, a Suécia ja contava com 9 jogadores no campo ofensivo, deixando apenas o zagueiro M. Olsson no campo defensivo, mas mesmo assim não conseguia penetrar no forte esquema tático da seleção inglesa, que historicamente sempre possui um futebol forte e bem tático, com o sistema defensivo bem forte.

Aos 44 minutos o que se via era uma Suécia desesperada, dando chutes do meio de campo para área inglesa, mas sem nenhum sucesso. Welbeck foi substituído para a entrada do jovem jogador de apenas 18 anos Oxlade-Chamberlain, mas uma mudança feita só para passar o tempo, sem nenhuma pretensão de mudar o esquema do time. O árbitro ainda deu 4 minutos de acréscimo, e nesse tempo quase que Gerrard marca o quarto gol inglês, num contra ataque de 4 contra 2, mas parou na incrível defesa de Isaksson. E foi só isso. Depois de um tiro de meta, o arbitro acaba o jogo para a loucura dos torcedores ingleses no Olympic Stadium, em Kiyv.

Resumão:
O jogo começou com muito estudo. O primeiro tempo só teve 2 lances bons pelo lado da Inglaterra e foi muito faltoso. O gol de Carroll saiu de uma bobeada da zaga sueca e foi só. Mas depois de tanto estudo no primeiro tempo o jogo tomou um rumo totalmente diferente. Jogadas muito rápidas que originaram os gols ingleses, e jogadas de bolas paradas que originaram os gols suecos. Para quem começou o jogo sem nenhuma esperança de ver um futebol bonito, se surpreendeu com o segundo tempo de jogadas rápidas, descidas muito fortes de contra ataque de ambos os times. Mas no final a tradição inglesa falou mais alto e encaminhou a classificação para a próxima fase, mas antes vai ter que passar por um confronto direto com a Ucrânia pela vaga. França vai pegar uma Suécia desmotivada então já eliminada, então está praticamente garantida na segunda fase da Euro 2012.

Escalações

Suécia
4-4-1-1
Isaksson
Granqvist (Lustig)- Mellberg (G) (G) - J. Olsson - M. Olsson
Larsson - Svensson - Källström - Elm (Wilhelmsson)
Ibrahimovic (C)
Elmander (Rosenberg)

Inglaterra
4-4-2
Hart
Johnson - Terry - Lescot - Ashley Cole
Milner (Walcott (G)) - Gerrard (C) - Parker - Ashley Young
Welbeck (G) (Oxlade-Chamberlain) - Carroll (G)

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