Ídolo ucraniano, "Shev" aos 35 anos, mostra força de superação
Por Ismael Sousa
Para quem achava que Andry Shevchenko estava aposentado,
nesta sexta-feira, “Shev”, marcou os dois gols da vitória da Ucrânia contra a
Suécia, pelo grupo D da Eurocopa e garantiu a primeira vitória da seleção na
competição. Ibrahimovic descontou para a Suécia.
O jogo começou agitado, mas os gols foram marcados no segundo
tempo Ibrahimovic, recebeu passe dentro da área e só teve o trabalho de
empurrar para o gol. No No ataque
seguinte, a estrela de Shevchenko, começou a brilhar. Em cruzamento pela
direita, Sheve cabeceou para o fundo das redes, marcando o primeiro gol do país
na Eurocopa. Euforia no Estadio Olimpico de Kiev.
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| Shevchenko comemora a virada ucraniana |
A festa estava só começando. Aos 16, Shevchenko entrou
definitivamente para a história do futebol ucraniano. Após um escanteio, o
ídolo se adiantou aos zagueiros para cabecear e fazer o seu segundo gol no
jogo, o da virada dos anfitriões.
Superação e Idolatria
Desacreditado, o veterano Shevchenko, que ganhou a Bola de
Ouro em 2004, em seus anos de glória pelo Milan, conquistando a Liga dos
Campeões em 2003 e o Campeonato Italiano em 2004, ficando na artilharia do “Rossonero”.
Vivendo com constantes lesões, Shev
sofreu uma grave lesão na coxa direita, correndo o risco de ficar fora
da Euro.
Mas na pré-convocatória do técnico, Oleg Blokhin,
surpreendeu a todos e convocou Shevchenko, mesmo lesionado. Nos meses antes do
super campeonato europeu de seleções, ele fez uma projeto especial de
recuperação, se apresentado em plenas condições físicas.
O resultado, como já citei antes, uma grande exibição de uma
estrela. Os dois gols premiam o craque, que se dedica e que gosta do que faz.
Como disse, Oleg Blokhin, após a partida:” Não interessa que tipo de jogador é.
Ele é, acima de tudo, uma pessoa com uma experiência e liderança imensa e
indiscutível, que é determinante para a equipe.”
Jogadores como Shev, deveriam servir de exemplo para jovens
jogadores. Questionado sobre sua aposentadoria, respondeu: “Se os meus
problemas de saúde continuarem e fizerem com que não tenha utilidade para a
equipa dentro de campo, retiro-me da seleção. Não irei ridicularizar o trabalho
da seleção nunca. Mas tenho a certeza de que posso ajudar dentro e fora de
campo”.
Pela seleção já somam 109 jogos e 48 gols. E uma classificação
inédita, da Ucrânia para a Copa do Mundo da Alemanha em 2006.
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